Tempos depois, me encontrei sonhando com outra pessoa, um amor correspondido, mas tão impossível, que me fazia acreditar que o destino devia ser algum velho irônico que não gostava de meninas e suas paixonites. Tantas vezes eu chorei, me machuquei, me decepcionei, e lembro de tudo isso com um sorriso no rosto, por que me vejo ainda de pé.
O mais irônico, é que depois de tantos tapas e topadas, você olha pro céu e promete a si mesma, que não vai amar mais, que não vai acreditar mais, que não vai chorar nunca mais. Os dias ainda estão muito cinzas... você pensa, "será que só aparecerá um brilho no meu olhar quando eu estiver amando?". E você, tira as vendas, ouve os conselhos dos amigos, "AME-SE"; e vai caindo na real, que você é muito completa sozinha, que não é preciso de ninguém para ser feliz, que ninguém tem que ser responsável pela felicidade de ninguém. Então esquece que o amor existe, e não espera mais por ele. Só que logo na próxima parada, você se esbarra, conhece, e conhece mais um pouco, um novo alguém, que lhe mostra que os defeitos que você tanto falava que não "servem do seu lado", são meros detalhes do quais vão te envolvendo tão lentamente que você nem percebe, e vai deixando o amor acontecer.
Aí quando lembra do que já se passou, vê que o amor não deve ser premeditado, que agente tem mania de planejar tudo, mas nada acontece como agente quer, e que o seu melhor namorado pode ser alguém que você nunca imaginou que seria.
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