sexta-feira, abril 01, 2011

Pretty Woman

Era vez uma mulher, que ainda não tinha se descoberto mulher, logo se rotulava menina. Ela era pequena, frágil, e acho que poderíamos talvez dizer, mal-amada. Ela se olhava todos os dias, pela manhã, no espelho e não via o que ela realmente era. Era míope. E os outros, eram cegos. Muita gente olhava para ela, e não enxergavam seus olhos; lindos olhos, por sinal. Eram azuis, de um azul profundo que qualquer pessoa invejaria. Ela os odiava, odiava seus olhos.. assim como odiava os que estavam ao seu redor. Não sei dizer, caro leitor, se ela sofreu um trauma de infância, mas sei que eu invejava seus olhos. Ela era destrambelhada e tinha muito medo que os outros percebessem isso. Apesar de que ninguém olhava para ela. Ela sempre saia de casa com os cabelo presos, do tipo que prendia só para não repararem no quão bagunçado o cabelo dela estava. Mas, ninguém olhava para ela. Ninguém via o quanto ela era bonita; ela tinha os lábios pequenos e bem delineados; o cabelo bagunçado, deixava ela levemente descontraída de tal jeito que menina ou mulher nenhuma tinha, por que  tudo nela se encaixava bem. Se encaixava de um jeito bagunçado, mas bem. E ninguém que conseguisse enxergá-lá poderia dizer ao contrário. Uma vez, peguei-a falando sozinha, era solitária. Ela dizia que queria muito um dia se maquiar, mas tinha muito medo do que os outros iam pensar. Será que ela iria errar a mão? Mas foi um dia que alguém a enxergou. Um menino, tão lindo quanto ela por sinal. E ela viu o olhar dele sobre ela, o será que está pensando de mim? E no dia seguinte, ela maquiou seu rosto, penteou os seu cabelos ondulados, se vestiu melhor. Ela esperava que ele olhasse pra ela novamente, e não a visse mais uma menina. Então, seguiu para o mesmo lugar do dia passado, achando que iria encontrá-lo. Ele estava lá, e a viu, mas ele estava com outra garota, uma menina. Nossa linda mulher então, saiu, foi correndo para casa, se achando uma ridícula. Mas durante o caminho, ela foi diminuindo o passo, pois se sentia cansada. E então, ela parou em frente a um simples salão de bairro. Ele tinha à porta um espelho, bem grande, que tinha uma frase a cima. Quando você se olha, o que você vê? A maquiagem não estava mais tão perfeita, por causa das lágrimas derramadas, então ela passou a mão no rosto, retirando o borrão. Deixando umas sardas a mostra. Então ela viu o que ela era. Era linda. Era mulher. E qual quer um que olhasse nos seus olhos, viria isso. Por que depois daquele dia, ela não teve mais medo do que os outros iriam pensar, pois o que era via, era uma linda mulher.

3 comentários:

Raquel disse...

oonw, o texto ta lindo mary *-* como sempre !

Anônimo disse...

Quantas garotas não passam por isso? *-*
Perfect.

F.Figuê!

@therezaregina disse...

ai gente D; amei amei amei *-*

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